Eu odeio Machado de Assis, não sou um bom parâmetro.
Isso dito... Os personagens são sempre com personalidade horrível, são horríveis uns com os outros, e no pouco que não massacram uns aos outros emocionalmente, fazem algo ou questionável, ou normal de uma forma que PAREÇA questionável. Pra machado de assis a humanidade só é podre por dentro.
Mas ainda é um must-read.
Pra você dizer que entende de literatura e valorizar o que acha de bom nos outros livros, você precisa primeiro saber o que você está avaliando. E Machado de Assis te ensina cada aspecto de um livro que pode ser diferente do padrão.
Flaws of characters a main focus? It's complicated
4.75
Eu achei o livro, na verdade, bem deprimente e isso não faz com que eu não queira ter lido. Eu acho que me agregou alguma coisa, mas não é das minhas preferências de leitura. O Corcunda de Notre-Dame é um livro que realmente deixa a desejar, porque é complicado dizer que os personagens são diversos, porque na verdade eles são muito caricatos, apesar de terem funções e vidas diferentes. E isso forma um grupo, uma dinâmica muito fechada e que não agrada muito a um leitor mais voraz. Por outro lado, o livro é muito bem escrito e ele tem o típico ar que os clássicos trazem, de enxergar algo pelos olhos de outra pessoa que pode te agregar alguma coisa. O livro tem uma complicação em dizer também que o livro se trate das falhas do Corcunda de Notre-Dame porque se chama o CORCUNDA de Notre-Dame. Mas, ao mesmo tempo, o Corcunda é o menos problemático ali. E isso não tem qualquer senso de adequação social. E para outros livros, eu diria que isso é um critério para dizer que o personagem não tem habilidades às quais vamos tratar. Mas, nesse livro, acaba sendo o menor de todos os problemas, uma vez que seu mentor é mesquinho e punitivo de "falhas" que não são realmente falhas. A cigana é apresentada o tempo todo com uma alta sexualidade que destrói até o mais nobre dos homens por ser "coisa demoníaca", e o herói é um homem superficial que só está lá para cumprir o papel de salvar o dia. Só que são essas falhas que também nos mostram o quão valioso esse livro pode ser, tratado como uma completa alegoria à função da igreja, o papel do homem branco rico na época em que foi escrito o livro assim como eram vistos os outros povos retratados pelos ciganos apartados da sociedade e os homens "pobres e tolos" vistos no corcunda, que eram jogados de um lado para o outro conforme os desejos das grandes massas. Como eu disse antes, não é meu estilo de livro, é justamente por eu ver as qualidades nele eu posso dizer que realmente é um bom livro, já que normalmente eu evito esse tipo de obra.
SPA é um livro com uma arte que vai do medíocre do extraordinário. De forma proposital as feições neutras e tediosas dos personagens se contrastam com alguns planos de pesadelos vivos. O vazio de emoções versos o tormento traz a tona a crítica de como a sociedade se encontra embotada. Os mais diferentes tipos de estereótipos deturpados nos levam através das páginas com traumas e insensibilidades às dores dos outros. A morte nada mais é que uma alegoria. Seja para indiferença ou insensibilidade. Talvez o único problema, crítico, foi não ousar um pouco mais na exploração dos conceitos, já que foi meio rasa nisso. Os personagens tem amplas funções sociais e personalidades, mas eles continuam parecendo todos tão apáticos que talvez isso não faça tanta diferença. E isso é ótimo! É justamente isso que impacta mais na obra. A Apatia diante do caos. Eles se deixam sugar por um abismo de horrores e nem lutam.
Esse livro é bem tenso, conflitos guiam muito ele por personalidades fortes interagirem. O livro É bom sim, o fato de eu não ter gostado se dá por questões morais pessoais, e eu sei reconhecer quando minha moral e a qualidade de uma obra interferem no meu julgamento. A nota que dou se dá pela capacidade de escrita do autor puramente, pois acho injusto fadar uma obra por conta das minhas experiências de vida. A linguagem é densa mas intrigante, e leva num fluxo agradável.
O que eu achei:Eu achei o livro bem desagradável, por conta dos personagens serem pessoas desagradáveis que eu não consigo defender de forma alguma e portanto eu não consigo sequer escolher lados. Eu quero que todos vão viver suas vidas e deixe os outros em paz. No início eu até gostava de alguns personagens mas eles foram se mostrando diferentes do que eu esperava, o que se aplica muito a um bom aprofundamento de personagem, mas com uma visão pessimista de mundo do autor.
Sobre a qualidade de escrita: Os personagens sâo bem escritos e tem um grande mérito nisso. Aprofundados e ambíguos, tem escolhas que podem se assemelhar muito a alguns indivíduos da vida real. A trama é bem construída e se aprofunda em aspectos diferentes durante a obra mas mantém um tópico óbvio central. É um livro clássico que deve ser lido para a boa Compreensão de diferentes tipos de obras.
Esse é um livro engraçado feito como uma forma de crítica à sociedade da época, muito embora se adeque bem até demais aos dias atuais. O cavaleiro é corajoso e metido a idiota como qualquer história de cavaleiros. Como disse meu professor de literatura à época que li, coisa que lembro até hoje, 1/4 de coragem e 3/4 de burrice. Mas esse cavaleiro honroso que busca a sua amada com a ajuda de um escudeiro é muito mais que isso. Don Quixote de La Mancha é um leitor ávido que se via em um mundo que o desiludia sobre as qualidades de outros indivíduos e que o colocavam para baixo nas suas expectativas e sonhos. A partir disso, Don Quixote se prendeu em um quarto e se pôs a ler prolongadamente, até enlouquecer aos olhos de outros, e decidir a se meter mundo a fora como um cavaleiro clássico com os olhos de um inocente. Ele derrota gigantes que na verdade são moinhos, e busca sua amada Desdemona apaixonadamente, sendo que esta provavelmente nunca ouviu, viu ou leu nada sobre ele, e se for o contrário, provavelmente o despreza. Mas para Don Quixote, não faz a menor diferença, pois ele se decidiu a sonhar acordado em um mundo sombrio e desafiar até mesmo a realidade para ser feliz. Portanto, é um livro com um toque sarcástico, sombrio, porém quem o escreveu, escreveu de forma profundamente inspiradora, divertida e relaxante, levando o leitor a rir com as trapalhadas e percalços.
Esse livro é muito bom no que se propõe e traz a tona diferentes sentimentos de diversão, reflexão e inspiração a medida que vamos lendo o mundo sob a visão de diversas crianças. Por horas me peguei rindo, outras em conflitos internos, mas sempre mantendo o coração quentinho ao longo do caminho!
O Homem que calculava é um livro de contos que instruem sobre o funcionamento da matemática. Os contos são leves e divertidos e fazem o leitor pensar. Um dos melhores livros que já li.