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Vale o que tá escrito by Dan

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dark emotional funny mysterious reflective relaxing sad tense medium-paced

4.5

Vale o que está escrito é, com certeza, uma das melhores leituras do ano. É envolvente, instigante, visceral, engraçado e violento. É uma leitura que vale a pena. Dan consegue ambientar a sua história de forma primorosa.

É um texto redondo. Parece que cada palavra está no lugar certo. A narrativa metalinguística segue um cara que começa a escrever uma história depois de ver um ex-conhecido que acreditava estar morto. A partir daí, fazemos uma viagem ao Distrito Federal, mais precisamente ao Núcleo Bandeirante, nos anos 90. Uma década marcada pela violência miliciana e pela parceria entre jovens. É gostoso de acompanhar.

Dan faz uma homenagem aos anos 90 e à cultura pop brasileira sem cair no exagero. Tudo se encaixa. É um livro que mexe com os sentimentos. Chorei com certa passagem, e meu ódio por gente de farda só aumentou. Eu me afeiçoei a Lilico, personagem cuja história o protagonista tenta recriar, e digo mais: ele matou foi pouco, e se realmente matou, foi tentando acertar.

Fica a indicação.
Orgia dos loucos by Ungulani Ba Ka Khosa

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2.0

Acreditei que ia gostar do livro porque a primeiro conto foi razoável. No entanto, todos os contos são inundados de figuras de linguagem. Inclusive a metáfora. Além de atrapalhar a compreensão em certos momentos os enredos ficaram chatos. Aqui menos seria mais. Para além disso, não conhecer a história de Moçambique pode ter feito muitas coisas passarem despercebidas.
Minha irmã, a serial killer by Oyinkan Braithwaite

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medium-paced

3.5

Eu acho a motivação da história muito boa e o segredo também. No entanto, para uma história que se passa em 2018 existem muitos furos. 
Holocausto Brasileiro by Daniela Arbex

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dark emotional hopeful informative reflective sad fast-paced

4.5

Água de Barrela by Eliana Alves Cruz

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emotional funny hopeful informative inspiring reflective tense medium-paced

3.5

Muitas histórias têm pontos em comum, mesmo que sejam diferentes. Ao ler Água de barrela, tive a sensação de já ter lido algo parecido antes. Então percebi que ali havia algo de Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves. Não estou querendo fazer uma comparação de escrita ou enredo, mas apenas apontar semelhanças nas vidas negras no Brasil.

O livro é a história da família da autora de forma ficcionalizada. Não estava curtindo nas primeiras páginas, por achar a narrativa rápida demais. Mas, ao longo da leitura, minha percepção foi mudando e consegui aproveitar os episódios familiares narrados.

Cruz traz a complexidade dos personagens negros, e isso é uma das coisas que mais me agradam. A gente se apega aos personagens e torce por eles.

Água de barrela se passa no mesmo universo de Um defeito de cor: um Brasil que escraviza negros africanos, mas onde eles precisam reagir e lutar com todas as forças para não sucumbir. É um lugar onde mulheres negras continuam doando suas forças e vidas para ensinar e ajudar os seus a alcançarem voos maiores.

É, sem dúvida, uma história de muita luta, dor e sofrimento, mas não se resume a isso. Aqui também encontramos amor, respeito, admiração, carinho e suporte. E está longe de terminar. Eliana Alves Cruz escreve sobre sua família, mas escreve também sobre tantas outras famílias negras. Ela escreve sobre o Brasil e a complexidade da existência negra. Fica a recomendação.
A empregada by Freida McFadden

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2.0

Um livro de suspense ou terror psicológico tem que ser muito surpreendente para me conquistar. A empregada só me permitiu criar teorias. Mas não houve grandes destaques ou reviravoltas impressionantes. Passou longe. É simples, fácil de ler e entrega pouco. 
Expiração by Ted Chiang

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inspiring reflective relaxing slow-paced

4.0

A maioria dos contos desta coletânea são excelentes. Posso não ter adorado alguns deles, mas todos possuem uma escrita primorosa. Para além disso, Ted Chiang trabalha muito bem o humano e especulativo. São leituras que abrem leques para discussões interessantes. Fica a recomendação. 
Mondolís, Volume 1 by Monge Han

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2.25

Monge Han tem um traço incrível e traz um colorido que impacta o leitor por ser estonteante. No entanto, o lúdico dos desenhos e das cores não são acompanhas pela narrativa fraca.